sexta-feira, 26 de setembro de 2014

São Lino - 23 de Setembro


São Lino
Papa
c. I
Lino foi o primeiro sucessor de Pedro na sede de Roma, o segundo papa da Igreja e o primeiro papa italiano. Ele era filho de Herculano, originário da Toscana. Os dados anteriores de sua vida são ignorados. Lino ainda não era cristão quando foi para Roma, que, então, era o centro da administração do Império e também dos estudos. Foi quando conheceu os apóstolos Pedro e Paulo, que o converteram ao cristianismo, tornando-se um dos primeiros discípulos.
O próprio Paulo citou-o na segunda carta que enviou de Roma a Timóteo: "Saúdam-te Eubulo, Prudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos..." Lino, sem dúvida, desfrutava de grande confiança e respeitabilidade, tanto por parte de Pedro como de Paulo. Os tempos em que Lino viveu, juntamente com os apóstolos, foram terríveis para toda a comunidade cristã. O imperador era Nero, que incendiou Roma no ano 64 e declarou que todos os cristãos eram inimigos do Império. As perseguições tiveram início e duraram séculos, com sangrentas matanças e martírios. A mando do imperador, o apóstolo Pedro foi preso, martirizado e morto.
Lino foi papa da Igreja em Roma por nove anos, governou entre 67 e 76. E fez parte do clero romano, porque o próprio apóstolo Pedro o indicou para a sua sucessão, por causa da sua santidade de vida e pela capacidade de administrador. A história da Igreja diz que o papa Lino sagrou quinze bispos e os enviou, como pregadores do Evangelho, para diversas cidades da Itália. Ordenou dezoito sacerdotes para os serviços de novas comunidades de cristãos que surgiam em Roma. E governou a Igreja num período de sucessivos sobressaltos e tragédias políticas que marcaram os imperadores Nero, Galba, Vitélio e Vespasiano.
O papa Lino também sentiu a dolorosa repercussão da destruição completa de Jerusalém no ano 70, durante a chamada "guerra judaica". Ele, durante os anos de governo, foi muito requisitado a reanimar e a orientar os cristãos na verdadeira fé para manter a Igreja unida. Foi o papa que elaborou as primeiras normas de disciplina eclesiástica e litúrgica, e planejou a divisão de Roma em setores, ou paróquias.
O papa Lino também foi martirizado em Roma, no ano 77, e sepultado ao lado do túmulo de são Pedro, no Vaticano. Sua memória é comemorada no dia 23 de setembro.
FONTE: Paulinas em 2014

São Lino, Papa e Mártir



Pontificado 67 a 79  d.C.

Comemoração litúrgica: 23 de setembro.

Também nesta data: N. S. das Merces. Santa Tecla de Icônio, S. Pio de Pietrelcina e S. Helena de Bolonha

São Lino  foi  o  segundo Papa da Igreja Católica, portanto, o primeiro  sucessor de São Pedro na Sé apostólica, de quem  pessoalmente recebeu o poder das chaves para guiar o rebanho de Cristo. Nasceu na localidade de Volterra,  na Toscana,  Itália.
Considerando suas  grandes  virtudes como defensor da fé nos trabalhos apostólicos, seu zêlo ardentíssimo desenvolvia claramente a  causa da Santa Igreja, principalmente no tempo que mais  furiosa andava a perseguição. Além disto, enfrentou a feitiçaria e as primeiras chamas de heresia, que já tentavam se  infiltrar no seio da Igreja para adulterar os preceitos da Religião de Cristo. Sagrou sacerdotes em duas ordenações e  nomeou os primeiros quinze bispos, transmitindo a eles, com sua autoridade divina, os poderes apostólicos do clero católico nascente.  Além de prescrever diversas outras normas fundamentais, estabeleceu, mediante decreto, que as mulheres, para entrarem na igreja,  deveriam cobrir a cabeça com véu.
Antes, porém, que fosse eleito Papa,  trabalhava  pela salvação das almas ao lado de São Pedro,  de quem era grande colaborador.  Tanto foi assim que dele mesmo recebeu a missão de pregar na Gália (hoje França), a fim de levar a luz da fé às nações pagãs.  Chegando àquelas  terras, estabeleceu-se em Becanson, capital de Franco Condado.  Graças ao apoio que tinha do tribuno Onósio, principal magistrado que tinha por missão lutar pelas causas do povo, São Lino acabou transformando-se em um homem público, exercendo preponderante papel junto à população.  Em pouco tempo  tornou-se um líder influente, de grande capacidade intelectual. Dada as  circunstâncias, aproveitou o terreno para plantar as sementes da verdadeira Religião, mesmo sabendo que os obstáculos, dificuldades e perseguições seriam inevitáveis.  Por conseguinte, empreendeu intenso esforço para afastar o povo da idolatria e da  adoração de deuses  estranhos. Seus  discursos eram duros, porém, verdadeiros e por isso,  não tardou que acabasse sendo violentamente escorraçado da cidade.  Era uma  figura extremamente  incômoda e inconveniente aos líderes pagãos,  que diante da persuasão junto ao povo, temiam a perda de seu espaço.
Em sua última prática na cidade de Becanson,  São Lino criticou e repreendeu veementemente os idólatras, feiticeiros renomados e diversos pagãos, que ofereciam sacrifícios aos seu ídolos e seus deuses.  "Cessai",  disse o santo, "cessai de render adoração a tão vis criaturas".  Os líderes presentes, percebendo que estavam prestes a cair em descrédito pela força de sua palavra, gritaram ao povo, dizendo que as insolências sacrílegas proferidas por Lino, iriam provocar a ira dos deuses e caso lhe dessem ouvidos, sério castigo se precipitaria sobre o povo.  Continuando a esbravejar, incitaram o povo,  que acabou investindo contra o santo mediante golpes,  tendo sido expulso da cidade completamente ferido e também  abandonado, até mesmo por aqueles  que sempre o apoiaram.  Dali retornou para Roma, onde permaneceu até ser escolhido como sucessor de São Pedro.  As sementes que deixou para trás, germinaram com grande vigor, tanto que passaria a ser venerado pelo povo, tempos depois,  em sua primeira Sede Episcopal de Becanson. 
Reza a tradição que antes de ser crucificado, São Pedro ao transmitir-lhe a sucessão Papal,  disse-lhe: "Tu és Pedro!", em alusão às palavras do Divino Mestre,  quando lhe conferiu a primazia no governo da Igreja:  "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16, 18).
Seu nome figura como uma das mais  nobres vítimas das perseguições  da Igreja primitiva. Exerceu o seu pontificado na mais intensa magnitude apostólica, desbravando terrenos pagãos e derrubando a idolatria,  feitiçaria e  todo o tipo de influência maligna que tentava estabelecer-se em território sagrado.
Foram-lhe atribuídos milagres e diversas  curas, dentre as quais a da filha do cônsul Saturnino, considerada endemoninhada. E foi justamente o ingrato Saturnino quem proferiu sua sentença de morte.  Diz-se que, influenciado pelos sacerdotes dos falsos ídolos, ordenou que São Lino fosse decapitado, fato consumado no dia  23 de setembro do ano 79.
Seu corpo acha repouso ao  lado do príncipe dos Apóstolos,  tendo a Igreja o incluído no catálogo dos Santos Mártires.
Reflexões:
Grande  foi o testemunho do primeiro sucessor de Pedro, num tempo em que fervilhava a perseguição contra os discípulos na aurora da Igreja.  Fundada sobre rocha firme,  o sangue dos mártires são o mais belo testemunho desde os primórdios, cabendo aos primeiros Papas e inúmeros sucessores a honra de receber a gloriosa coroa do martírio em defesa da fé.
Demos graças a Deus, que nos chamou ao grêmio de sua santa Igreja.  Levante  a  heresia a cabeça contra ela; pugnem contra ela a maldade e a  mentira,  nada poderão contra o rochedo de  São Pedro. Por mais que enfureçam, jamais cantarão vitória.  A Igreja triunfará e seus inimigos perecerão nas ondas.
FONTE: Página Oriente em 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário